sábado, 18 de abril de 2015

TERCEIRIZAÇÃO, NÃO!

Jornalistas vão às ruas e dizem não ao PL da terceirização e a pejotização 
pejotizao 
Sindicato solicitou reunião com SBT, Editora Abril, Folha de São Paulo, Joven Pan e Bandeirantes para interceder sobre  demissão em massa

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) levou sua voz às ruas da avenida Paulista na tarde desta quarta-feira, 15 de abril, Dia Nacional de Paralisação #Não à Precarização, na luta contra o PL 4330. A mobilização organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), sindicatos de diversas categorias em São Paulo e sub sedes deixou clara a posição da classe trabalhadora de não aceitar mais este golpe contra os direitos trabalhistas.


A concentração dos jornalistas foi na sede da entidade que seguiram em grupo até a frente do prédio da FIESP, onde aconteceram os protestos. O presidente do SJSP, Paulo Zocchi, que assumiu no mesmo dia a presidência da entidade, discursou em defesa dos profissionais de comunicação que estão enfrentando uma onda de demissões em diversos veículos e de toda classe trabalhadora.


“Eu tenho muito orgulho de estar nesta manifestação porque nossa diretoria tomou posse hoje, mas estamos tomando posse aqui, nas ruas, na luta dos trabalhadores contra o PL 4330". Zocchi contou que a terceirização para jornalistas é uma realidade que vem de longe. “A categoria dos jornalistas é assalariada e profundamente precarizada. Entre os jornalistas há muito tempo existe a figura do “PJ” que é uma fraude, uma negação da carteira de trabalho para os profissionais”.


Segundo ele, as empresas jornalísticas são bandidas e roubam o direito do trabalhador. ‘Evidentemente nós estamos falando das grandes empresas de comunicação como a Rede Globo, Folha de S. Paulo, do O Estado de S. Paulo e dos grandes patrões da mídia que nos últimos dias fizeram campanha a favor do PL 4330. Os veículos fizeram editoriais à favor da tercerização porque querem acabar com vínculo trabalhista. Esta é a realidade e a luta que o nosso Sindicato leva dia após dia”.


Sobre liberdade de imprensa, Zocchi questionou as empresas: “queremos colocar em nosso acordo coletivo uma cláusula de consciência, que a partir dela o trabalhador jornalista poderia não se associar a uma matéria que ele não concorde com os fatos apurados. As empresas não aceitam isso, falam de liberdade de imprensa e o que elas praticam é a liberdade de empresa”, ressaltou. 


Ofícios: O SJSP também encaminhou ofícios ao SBT, Editora Abril, Folha de S. Paulo, Jovem Pan e Bandeirantes solicitando reuniões emergenciais e abertura imediata de negociação nos casos de demissão em massa, como ocorreu recentemente no jornal Estado de S.Paulo. Na Justiça, o Sindicato barrou as demissões, com multa diária de R$ 15 mil por trabalhador demitido, descumprindo a decisão judicial. São estas as solicitações da diretoria do SJSP:

- Agendamento de reunião emergencial no para de 72 horas, para esclarecimento da ameaça de demissões em massa.


- Formalização de Termo de Compromisso de intenção de manutenção no emprego dos atuais jornalistas até dia 14 de abril.


-Formalização de Termo de Compromisso de comunicar o SJSP com prazo mínimo de antecedência de 30 dias, caso haja intenção de efetuar demissões em massa, para a entidade possa acompanhar as negociações.


- Termo de Compromisso de abertura imediata de negociações.

Foto Douglas Mansur

domingo, 12 de abril de 2015

PRESENÇA MACIÇA DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS NAS FRONTEIRA DO CONE SUL

Vejam está matéria não assinada, reproduzida ou postada, enfim, num site

Associação dos Oficiais da Reserva do
EXÉRCITO BRASILEIRO

Filiada ao CNOR - Conselho Nacional de Oficiais R2 do Brasil 

 EUA treinam militares paraguaios e presença brasileira aumenta na Tríplice Fronteira

9/8/2012 13:03,  
Por Redação, com RickTV - de Cidade do Panamá, Ciudad del Leste, Assunção e Brasília
Paraguai A convite dos EUA, o Paraguai participa das manobras no Canal do Panamá
Soldados paraguaios participam desde o início deste semana dos exercícios militares dirigidos pelo Comando Sul dos Estados Unidos, em manobras de suposta defesa do Canal do Panamá. A participação paraguaia em um movimento de tropas norte-americanas ocorre logo após o golpe de Estado naquele país sul-americano, prontamente apoiado por Washington, contra o ex-presidente Fernando Lugo. O treinamento das tropas seguirá até o dia 17 de agosto e tem cerca de 600 militares.

“Robert Appin, do Comando Sul dos Estados Unidos afirmou que o enfoque dos exercícios é a reação a um hipotético ataque terrorista que pretenda bloquer o trânsito de navios no Canal”, afirma nota do Movimento pela Paz, a Soberania e a Solidariedade entre os Povos (Mopassol, na sigla em espanhol). Segundo a instituição argentina, há no Panamá 12 bases aeronavais controladas pelos EUA. Desde 2003, sob a direção do Comando Sul, realizam-se os exercícios militares conhecidos como Panamax, que contam com a participação de militares do Chile, Panamá e Estados unidos. Atualmente, porém, integram as manobras 17 países ao todo e é considerado um dos maiores movimentos de tropas do mundo.

O Paraguai tem participado das manobras desde 2006, mas se manteve afastado de 2009 a 2012, sendo novamente convidado após o golpe que instituiu o governo de facto do presidente Federico Franco.

Referindo-se ao exercício multinacional que usa a desculpa da luta contra o terrorismo, o jornalista cubano Miguel Lamas afirmou, dois anos atrás, que o verdadeiro projeto dos exercícios militares na América Latina são ensaios de uma invasão.

“O aparato militar dos EUA aponta para a necessidade daquele país de buscar condições militares suficientes para dominar, militarmente, os demais países latino-americanos. Eles trabalham nos setores de inteligência e no treinamento físico para manter uma força capaz de intervir, no futuro, em qualquer país do continente. Este é o verdadiro objetivo de todas e de cada uma das manobras e dos exercícios militares que fazem, sempre com a cumplicidade aberta de vários países latino-americanos e de forma encoberta por outros”.

Intercâmbio parlamentar
No caso paraguaio e do Cone Sul, vale recordar que o governo dos EUA, há anos, insiste na presença de células terroristas em Ciudad del Este, na zona denominada “tríplice fonteira” (Brasil, Argentina e Paraguai). Um grupo de parlamentares norte-americanos, em visita àquela cidade paraguaia, nesta semana, alegou que o propósito da missão é a de “compreender melhor os desafios do crime transnacional que o Ocidente enfrenta”, segundo porta-voz.

O Paraguai mantém fortes laços de cooperação técnica e militar com os EUA, sempre a serviço daquele país no objetivo de bloquear a presença das repúblicas socialistas da Venezuela e demais integrantes da Unasul e no próprio Mercosul, do qual fazia parte até ser suspenso após o golpe de Estado, renovando sempre seu apoio à ingerência norte-americana na região. O país abriga uma classe política de ultradireita e conservadora que, no dia 22 de junho, perpetrou um ataque à democracia e ao mandato do presidente deposto Fernando Lugo. Essa mesma classe política, formada por partidos tradicionais e dependentes do capital estrangeiro, ampliou os contatos com o Congresso norte-americano nas últimas semanas

Manobras brasileiras
Ao longo desta semana, o governo brasileiro concluiu o envio de um contingente de cerca de 9 mil militares – equipados com helicópteros de combate, navios-patrulha, aviões de caça e blindados – para a Tríplice Fronteira, na Operação Ágata 5. O movimento de tropas irá durar 30 dias.

“É uma operação de fronteira que tem por objetivo, sobretudo, a repressão à criminalidade”, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim. A Marinha enviou aproximadamente 30 embarcações para os rios da Bacia do Prata, entre elas três navios de guerra e um navio-hospital.

A Força Aérea Brasileira (FAB) participa da operação com esquadrões de caças F5 e Super Tucano, além de aviões-radar e veículos aéreos não tripulados. O Exército mobilizou infantaria e blindados Urutu e Cascavel de três divisões. As três Forças usam ainda helicópteros Black Hawk e Pantera, para transporte de tropas e missões de ataque.

A operação terá ainda o apoio de 30 agências governamentais, entre elas a Polícia Federal, que elevarão o efetivo total para cerca de 10 mil homens. O general Carlos Bolivar Goellner, comandante militar do Sul, disse que a área crítica de patrulhamento é entre as cidades de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde é maior a maior incidência de tráfico de drogas e contrabando.Partiu da presidenta Dilma Rousseff a ordem a Amorim para a execução da Operação Ágata5.

– A ação visa a reforçar a presença do Estado na fronteira com a Bacia do Prata – disse Goellner. Segundo ele, as fronteiras serão fortemente guarnecidas e como consequência o tráfico de drogas e o contrabando devem ser “sufocados”.

Para Samuel Alves Soares, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed), a decisão de ampliar o número de homens armados na região de fronteira pode ser entendida como uma mensagem da disposição de aumentar a força brasileira.
fonte: http://www.aor-eb.org.br/aconteceu.htm