sexta-feira, 19 de setembro de 2014

MINHA OPINIÃO


O CÃODIDATO


Você pode perceber que não mudou quase nada no modo, na maneira, como os candidatos às eleições – pelo menos em nossa região metropolitana (RMBS) –,  fazem sua “campanha política”. A maioria centra nos “cavaletes” (minioutdoors) que espalham logo cedo pelas calçadas, atitude já reprovada por muitos eleitores e que constou de matérias que a imprensa regional documentou. A maioria deles(as) aparece em fotos onde riem não se sabe de que (?); outros buscam agregar algum valor sentimental, social ou ambiental a sua figura, como no caso dos animais (pets) domésticos, como cães e gatos, mesmo sem nunca ter feito nada em prol dessas causas. 

De fato, os cavaletes incomodam (e muito) principalmente ao causar transtorno nas vias públicas quando caem no leito carroçável exigindo dos motoristas atenção e habilidade, ou são acumulados de tal forma que o transeunte fica impossibilitado de atravessar uma avenida por determinado trecho. Não falta só criatividade aos candidatos, mas respeito pelos eleitores e cidadãos! Acessibilidade já é uma coisa difícil em nossa região, onde calçadas esburacadas e desprovidas de cuidados, por parte de seus donos ou das próprias prefeituras, precisam dividir espaço com ciclo faixas mal planejadas como a que a PMS está implantando na Rua João Pessoa, no centro de Santos. Ciclovias sim!


* José Antonio G. da Conceição - jornalista e ambientalista


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O QUINTO PODER (filme - 2013)

Por que o Wikileaks não gostou do filme 'O Quinto Poder'

De acordo com Julian Assange, o filme foi feito para denegrir a imagem do Wikileaks. No entanto, o longa narra o ponto de vista de pessoas que conviveram com ele e desmistificam a imagem heróica do jornalista

O Wikileaks não escondeu a alegria pelo fracasso de bilheteria do filme O Quinto Poder, que retrata a história real da organização sem fins lucrativos que publica arquivos de fontes anônimas vazadas de governos e grandes empresas. Segundo analisou o site do jornal americano The Washington Post, das 21 publicações no Twitter do grupo na última segunda-feira, doze celebravam o fracasso de bilheteria da estreia do longa dirigido por Bill Condon, que arrecadou 1,6 milhão de dólares no primeiro fim de semana em cartaz nos Estados Unidos.

De acordo com o site, o órgão e seu principal editor e porta-voz, o australiano Julian Assange, vêm reclamando publicamente a respeito da gravação do filme, considerado por eles um retrato injusto dos eventos ocorridos em 2010, quando mais de 250 000 arquivos confidenciais e telegramas diplomáticos de membros do governo americano foram vazados. “O filme não conta a história de Julian Assange, nem dos funcionários do Wikileaks, como Sarah Harrison, Joseph Farrell ou Kristinn Hrafnsson”, disse um representante da organização.

A insatisfação foi tanta que o grupo produziu Mediastan, um documentário com a versão oficial e autorizada da história, liberado gratuitamente na internet no mesmo fim de semana da estreia do filme. O boicote, no entanto, comprova a necessidade desesperada de Assange e companhia de abafar o olhar de outras pessoas sob a história contada. 

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O roteiro de O Quinto Poder foi baseado em dois livros. Um deles é Os Bastidores do WikiLeaks, publicado no Brasil pela editora Campus Elsevier, escrito por Daniel Domscheit-Berg, um dos primeiros porta-vozes do Wikileaks, demitido em 2010 após discordâncias com Assange. No livro, Domscheit-Berg descreve Assange como um homem instável, paranoico e obcecado por poder.
O outro é WikiLeaks: A Guerra de Julian Assange Contra os Segredos de Estado, escrito pelos jornalistas David Leigh e Luke Harding, ambos do jornal britânico Guardian, e lançado no Brasil pela Verus Editora. No relato feito pelos repórteres da publicação, Assange é apontado como um "amador" que já declarou não se importar se seus informantes forem mortos por causa de informações vazadas por ele. 

Logo, a perspectiva narrada no filme, que mostra as falhas do líder do Wikileaks, não agradou o jornalista. Assange até mesmo acusou os envolvidos na produção de estarem "comprometidos" com o governo americano em passar uma imagem ruim da organização.

O caso tem semelhanças com o longa A Rede Social, baseado no livro Bilionários por Acaso: A Criação do Facebook, que relata a história de Mark Zuckerberg e o nascimento da popular rede social. O presidente do Facebook também não ficou nada feliz ao ser retratado como foi e disse na época que o filme não mostrava a realidade corretamente. 

Se O Quinto Poder se tornasse sucesso de bilheteria, Julian Assange teria que se esforçar muito mais para recuperar a reputação da organização do que Zuckerberg precisou, uma vez que o Wikileaks nunca foi querida como o Facebook, principalmente nos Estados Unidos. Mesmo após os vazamentos de informações em 2010 a respeito da Guerra no Afeganistão, uma votação contabilizou que 68% de americanos consideravam o Wikileaks uma ameaça ao interesse público, e 59% queriam que Assange fosse preso. 

fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/por-que-o-wikileaks-nao-gostou-do-filme-o-quinto-poder