domingo, 21 de abril de 2013

MODELO DE BELEZA OU IMPOSIÇÃO DO MERCADO?





26.fev.2013 - A ex-BBB Paulinha diz em ensaio para o jornal "Extra" que pode ser sexy, mesmo pesando 95 Kg. A loira de 24 anos, que luta contra o efeito sanfona, se mostra bem resolvida com a atual forma física. "Não sou flácida, nem tenho celulite. Uso as roupas que quero e não troco meu corpo por qualquer magrela", afirma. Segundo Paula, o assédio dos homens continua forte: "Alguns ficam sem jeito, mas sempre tem os mais corajosos e atirados. Elogiam a boca e principalmente o meu bumbum, mas não gosto de dar abertura para este tipo de coisa" Marcelo Theobald/ Extra  



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Sem dúvida nenhuma, o "modelo" de mulher brasileira estigmatizada (magra = 50 a 65Kg; entre 1,69 e 1,75 m; malhada na musculação e academia), e até com silicone nos seios e bunda não passa de ditadura da moda, impulsionada por boa parte da  imprensa que serve aos ditames do mercado


Mas o brasileiro homem, como eu, desde cedo (pré e durante a adolescência), aprende logo (é influenciado) o conceito de "mulher bonita". Esse modelo (quase uma norma social) é "vendido" à sociedade através de peças publicitárias (moda, modelos, publicidade de cerveja e até nos manequins das lojas), sem falar na mídia impressa (jornais, revistas etc.). Prova dessa exploração forçada (que junta o ego "avantajado de muitas mulheres" a possibilidade de rápida acesso às publicações (de capa) dos jornais regionais Expresso popular e O Itapema.


A mulher brasileira é, sem dúvida, uma das mais diversificadas do Planeta e das mais belas, dentro daqueles conceitos que aprendemos (cedo) a valorizar (homens) e a copiar (mulheres e transsexuais)...

Hoje a "ditadura da moda e do mercado" impõe uma mulher com pernas bem torneadas e sem celulite, estrias... bunda relativamente avantajada (sabe-se que os primeiros colonizadores europeus se encantaram com a beleza morena e explícita das nossas índias, mas ficaram mais ainda "encantados" com as formas "abundantes" das negras que eles escravizaram...

As descendentes de brancos e europeus logo passaram a notar que os brasileiros de um modo geral lançavam olhares e gostos pelas negras e mestiças brasileiras (negro + branco = mulata; índia + negra = cafuza) porque tinham "algo" que elas (brancas) não tinham, além do bronzeado que no século XX logo trataram de tentar copiar...


Os mamelucos e mamelucas foram os primeiros mestiços (que também deu origem às primeiras e belas mulheres naturalmente bronzeadas...).
Imagem disponível em http://www.girafamania.com.br/artistas/personalidade_wasth.htm






                               





O padrão de beleza feminina e até masculina (tem quem goste) nos dias de hoje são ditados pelo mercado, principalmente através da moda. Alguns dias decidi comprar novas cuecas, que apesar de serem um tanto mais caras individualmente, quase sempre traziam estampada fotos de rapazes novos (eu já fui um deles... e vocês também, lembram?). Mas com um detalhe perceptível que não apenas o "escroto". A chamada barriga de tanque... A mulherada. e a viadagem também parecem adorar esse estilo, mesmo que o cara não seja atlético, ou seja, tem que ser um tanto bronzeado e com "abdomem atlético". Mas se tiver um carrinho e uma boa grana para gastar pode ser "barriga de choop" mesmo (a grana compensa)...

Essa influência cultural é tão intensa e terrível, que me lembro que muito cedo (início da adolescência) já dirigia meus olhares para as bundas das mulheres, até mesmo das "Raimundas". Era como dizia o velho poeta Drumond: "Quero a bunda, quero a bunda"...

talvêz essa fixação masculina e brasileira por bundas tenha a ver com a projeção que o nosso olhar tem das formas arredondadas... Na arquitetura árabe, por exemplo, nota-se que portas terminam por arcos. E vejam a fixação de boa parte dos brasileiros pela bola. O nosso Planeta, quando visto por fora é uma bola... Esotérica e chegando a linguagem e filosofia do Feng Shue chinês temos a livre circulação da energia nas formas arredondadas. Na física, as esferas armazenam cargas numa mesma proporção e toda a sua superfície. A roda fez "girar o progresso"

terça-feira, 2 de abril de 2013

ORIGENS DO RACISMO OU DISCRIMINAÇÃO (1)


Eugenia




"Eugenia é a auto-direção da evolução humana": 


realizada em 1921, retratando-o como uma árvore que 

reúne uma variedade de diferentes campos

Eugenia é um termo criado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), significando "bem nascido". Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente

O tema é bastante controverso, particularmente após o surgimento da eugenia nazista, que veio a ser parte fundamental da ideologia de pureza racial, a qual culminou no Holocausto.

Mesmo com a cada vez maior utilização de técnicas de melhoramento genético usadas atualmente em plantas e animais, ainda existem questionamentos éticos quanto a seu uso com seres humanos, chegando até o ponto de alguns cientistas declararem que é de fato impossível mudar a natureza humana.

Desde seu surgimento até os dias atuais, diversos filósofos e sociólogos declaram que existem diversos problemas éticos sérios na eugenia, como a discriminação de pessoas por categorias, pois ela acaba por rotular as pessoas como aptas ou não-aptas para a reprodução. Do ponto de vista do debate científico, a eugenia foi derrotada pelo argumento da genética mendeliana.

Galton, primo de Charles Darwin


Na Grécia antigaPlatão descrevia, em A República, a sociedade humana se aperfeiçoando por processos seletivos (sem falar que em Esparta já se praticava a eugenia frente aos recém-nascidos, já que não existiam pré nataisabortivos eficientes, eutanásia e afins), já conhecidos na época. Modernamente, uma das primeiras descrições sobre a eugenia foram feitas pelo cientista inglês Francis Galton.

Galton foi influenciado pela obra de seu primo Charles DarwinA Origem das Espécies, onde aparece o conceito de seleção natural. Baseado nele Galton propôs a seleção artificial para o aprimoramento da população humana segundo os critérios considerados melhores à época.


Foi também Galton quem lançou as bases da genética humana e cunhou o termo eugenia, para designar a melhoria de uma determinada espécie através da seleção artificial, em sua obra Inquiries into Human Faculty and Its Development(Pesquisas sobre as Faculdades Humanas e seu Desenvolvimento), de 1883. Esta obra foi largamente elogiada em matéria da revista americana "Nature", em 1870.

Ao escrever seu livro Hereditary Genius (O gênio herdado) em 1869, Galton observou, compilou dados e sistematizou a inteligência em vários membros de várias famílias inglesas durante sucessivas gerações. Sua conclusão foi de que a inteligência acima da média nos indivíduos de uma determinada família se transmite hereditariamente.

Bulmer argumenta que Galton estava tão tendencioso na explicação pela hereditariedade que nem sequer tomou o cuidado de analisar os meios neuro-sociais de forma imparcial, isenta e proporcional.

Por acreditar que a condição inata, e não o ambiente, determinava a inteligência, Galton propôs uma eugenia positiva através de casamentos seletivos.

Na época, a população inglesa crescia nas classes pobres e diminuía nas classes mais ricas e cultas, e se temia uma degeneração biológica. Portanto, a eugenia logo se transformou num movimento que angariou inúmeros adeptos entre a esmagadora maioria dos cientistas e principalmente entre a população em geral na sua época áurea (1870-1933).

 Trouxe, porém, em função do simplismo e arcaísmo de análise, o seu próprio declínio. No entanto, suas ideias sobrevivem, pois seus métodos estatísticos foram incorporados na teoria Darwiniana nos anos 30 e sintetizados com a genética Mendeliana.

Contrariamente a uma crença popular, a eugenia é inglesa (não alemã) em invenção e estadunidense (não alemã), em pioneirismo legislativo. Outra crença é que a eugenia fosse uma doutrina aplicada ou propagada pela direita política.



Alemanha

Império Alemão


Alemanha Nazista


Segundo alguns historiadores, a Alemanha Nazista levou as políticas eugênicas ao extremo, porém, segundo outras fontes, acredita-se que o que ocorreu com os judeus durante o Terceiro Reich foi genocídio, e não foi a aplicação de ideias eugênicas que causou o holocausto e sim o ódio racial entre dois grupos étnicos distintos.
Wir stehen nicht allein: (nós não estamos sós). 


Exibe bandeiras de países que, naquele momento, 

adotavam leis deesterilização compulsiva  e de 

países que consideravam criar legislações semelhantes


O único consenso é que a eugenia foi praticada com alemães que possuíam deficiências físicas ou mentais, através do extermínio, e da esterilização. Entretanto, existem distinções entre as formas de eugenia, como eugenia positiva e eugenia negativa.

 A eugenia positiva, incentiva pessoas saudáveis a terem mais filhos enquanto que a eugenia negativa impede que pessoas com certas limitações se reproduzam. A eugenia positiva foi praticada também no Terceiro Reich, com a criação de centros de reprodução humana do programa Lebensborn.