Eugenia
"Eugenia é a auto-direção da evolução humana":
realizada em 1921, retratando-o como uma árvore que
reúne uma variedade de diferentes campos
"Eugenia é a auto-direção da evolução humana":
realizada em 1921, retratando-o como uma árvore que
reúne uma variedade de diferentes campos
Eugenia é um termo criado em 1883 por Francis
Galton (1822-1911), significando
"bem nascido". Galton definiu eugenia como o estudo dos
agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer
as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.
O tema é bastante controverso,
particularmente após o surgimento da eugenia
nazista, que veio a ser parte fundamental da ideologia de pureza
racial, a qual culminou no Holocausto.
Mesmo com a cada vez maior utilização de técnicas
de melhoramento genético usadas atualmente em plantas e
animais, ainda existem questionamentos éticos quanto
a seu uso com seres humanos, chegando até o ponto de
alguns cientistas declararem
que é de fato impossível mudar a natureza
humana.
Desde seu surgimento até os dias atuais, diversos filósofos e sociólogos declaram
que existem diversos problemas éticos sérios na eugenia, como a discriminação de pessoas por categorias,
pois ela acaba por rotular as pessoas como aptas ou não-aptas para a reprodução. Do ponto de vista do debate científico,
a eugenia foi derrotada pelo argumento da genética mendeliana.
Galton, primo de Charles Darwin
Na Grécia antiga, Platão descrevia,
em A República, a sociedade humana
se aperfeiçoando por processos seletivos (sem falar que em Esparta já
se praticava a eugenia frente aos recém-nascidos, já que não existiam pré natais, abortivos eficientes, eutanásia e
afins), já conhecidos na época. Modernamente, uma das primeiras descrições
sobre a eugenia foram feitas pelo cientista inglês Francis
Galton.
Galton foi influenciado pela obra de seu primo Charles
Darwin, A Origem das Espécies, onde aparece o
conceito de seleção natural. Baseado nele Galton propôs
a seleção artificial para o aprimoramento da
população humana segundo os critérios considerados melhores à época.
Foi também Galton quem lançou as bases da genética
humana e cunhou o termo eugenia, para designar a
melhoria de uma determinada espécie através
da seleção artificial, em sua obra Inquiries into Human Faculty and Its
Development(Pesquisas sobre as Faculdades Humanas e seu Desenvolvimento),
de 1883.
Esta obra foi largamente elogiada em matéria da revista americana "Nature",
em 1870.
Ao escrever seu livro Hereditary
Genius (O gênio herdado) em 1869, Galton observou,
compilou dados e sistematizou a inteligência em
vários membros de várias famílias inglesas durante sucessivas gerações. Sua
conclusão foi de que a inteligência acima da média nos indivíduos de uma
determinada família se transmite hereditariamente.
Bulmer argumenta que Galton estava tão tendencioso
na explicação pela hereditariedade que nem sequer tomou o cuidado de analisar
os meios neuro-sociais de forma imparcial, isenta e proporcional.
Por acreditar que a condição inata, e não o ambiente,
determinava a inteligência, Galton propôs uma eugenia positiva através
de casamentos seletivos.
Na época, a população inglesa crescia nas classes
pobres e diminuía nas classes mais ricas e cultas,
e se temia uma degeneração biológica. Portanto, a eugenia logo se
transformou num movimento que angariou inúmeros adeptos entre a esmagadora
maioria dos cientistas e principalmente entre a população em geral na
sua época áurea (1870-1933).
Trouxe,
porém, em função do simplismo e arcaísmo de análise, o seu próprio declínio.
No entanto, suas ideias sobrevivem, pois seus métodos estatísticos foram
incorporados na teoria Darwiniana nos anos 30
e sintetizados com a genética Mendeliana.
Contrariamente a uma crença popular, a eugenia é
inglesa (não alemã) em invenção e estadunidense (não alemã), em pioneirismo
legislativo. Outra crença é que a eugenia fosse uma doutrina aplicada
ou propagada pela direita política.
Na Grécia antiga, Platão descrevia,
em A República, a sociedade humana
se aperfeiçoando por processos seletivos (sem falar que em Esparta já
se praticava a eugenia frente aos recém-nascidos, já que não existiam pré natais, abortivos eficientes, eutanásia e
afins), já conhecidos na época. Modernamente, uma das primeiras descrições
sobre a eugenia foram feitas pelo cientista inglês Francis
Galton.
Galton foi influenciado pela obra de seu primo Charles
Darwin, A Origem das Espécies, onde aparece o
conceito de seleção natural. Baseado nele Galton propôs
a seleção artificial para o aprimoramento da
população humana segundo os critérios considerados melhores à época.
Foi também Galton quem lançou as bases da genética
humana e cunhou o termo eugenia, para designar a
melhoria de uma determinada espécie através
da seleção artificial, em sua obra Inquiries into Human Faculty and Its
Development(Pesquisas sobre as Faculdades Humanas e seu Desenvolvimento),
de 1883.
Esta obra foi largamente elogiada em matéria da revista americana "Nature",
em 1870.
Ao escrever seu livro Hereditary
Genius (O gênio herdado) em 1869, Galton observou,
compilou dados e sistematizou a inteligência em
vários membros de várias famílias inglesas durante sucessivas gerações. Sua
conclusão foi de que a inteligência acima da média nos indivíduos de uma
determinada família se transmite hereditariamente.
Bulmer argumenta que Galton estava tão tendencioso
na explicação pela hereditariedade que nem sequer tomou o cuidado de analisar
os meios neuro-sociais de forma imparcial, isenta e proporcional.
Por acreditar que a condição inata, e não o ambiente,
determinava a inteligência, Galton propôs uma eugenia positiva através
de casamentos seletivos.
Na época, a população inglesa crescia nas classes
pobres e diminuía nas classes mais ricas e cultas,
e se temia uma degeneração biológica. Portanto, a eugenia logo se
transformou num movimento que angariou inúmeros adeptos entre a esmagadora
maioria dos cientistas e principalmente entre a população em geral na
sua época áurea (1870-1933).
Trouxe,
porém, em função do simplismo e arcaísmo de análise, o seu próprio declínio.
No entanto, suas ideias sobrevivem, pois seus métodos estatísticos foram
incorporados na teoria Darwiniana nos anos 30
e sintetizados com a genética Mendeliana.
Contrariamente a uma crença popular, a eugenia é
inglesa (não alemã) em invenção e estadunidense (não alemã), em pioneirismo
legislativo. Outra crença é que a eugenia fosse uma doutrina aplicada
ou propagada pela direita política.
Alemanha
Império Alemão
As ideias alemãs sobre eugenia vieram do Ensaio sobre as desigualdades das raças humanas, do Conde de Gobineau, publicado em 1854.
Alemanha Nazista
Em 1935 as Leis de Nuremberg proibiram o casamento ou contato sexual de alemães com judeus, pessoas com problemas mentais, doenças contagiosas ou hereditárias, mas em 1933 já era lei a esterilização compulsória de pessoas com problemas hereditários e a castração de delinqüentes sexuais, ou de pessoas que a cultura nazista assim classificasse, como era o caso dos homossexuais.
Segundo alguns historiadores, a Alemanha Nazista levou as políticas eugênicas ao extremo,
porém, segundo outras fontes, acredita-se que o que ocorreu com os judeus durante o Terceiro Reich foi genocídio, e não foi a aplicação de ideias eugênicas que
causou o holocausto e sim o ódio racial entre dois grupos
étnicos distintos.
Wir stehen nicht allein: (nós não estamos sós).
Cartaz depropaganda nazista de 1936.
Exibe bandeiras de países que, naquele momento,
adotavam leis deesterilização compulsiva e de
países que consideravam criar legislações semelhantes
O único
consenso é que a eugenia foi praticada com alemães que possuíam deficiências físicas ou
mentais, através do extermínio, e da esterilização.
Entretanto, existem distinções entre as formas de eugenia, como eugenia
positiva e eugenia
negativa.
A
eugenia positiva, incentiva pessoas saudáveis a terem mais filhos enquanto que
a eugenia negativa impede que pessoas com certas limitações se reproduzam. A
eugenia positiva foi praticada também no Terceiro Reich, com a criação de centros
de reprodução humana do
programa Lebensborn.
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