domingo, 16 de setembro de 2012


Sindicato de Jornalistas denuncia "invasão de mercenários" na profissão


13 de Agosto de 2012, 09:53













Maputo, 13 ago (Lusa) - O secretário-geral do Sindicato de Jornalistas de Moçambique, Eduardo Constantino, denunciou a "invasão de mercenários" no jornalismo moçambicano, "que chegam a cobrar entrevistas, condicionando a sua publicação à troca de valores monetários".

No fim de semana, o sindicato realizou a sexta conferência, que reconduziu Eduardo Constantino para um novo mandato de cinco anos na organização dos jornalistas moçambicanos.


Durante a apresentação do relatório de atividades do último mandato, Eduardo Constantino disse que, em Moçambique, têm aparecido pessoas que se fazem passar por jornalistas, quando não o são.


"Estamos muito preocupados com estas situações porque, em suma, estamos a assistir à invasão da nossa classe por mercenários, que chegam a cobrar entrevistas, condicionando a sua publicação à troca de valores monetários. Não podemos ignorar nem fugir a esta realidade", disse.


Eduardo Constantino denunciou ainda a existência de empresas jornalísticas que não firmam contratos de trabalho escritos, fazem despedimentos sem justa causa e pagam salários em forma de produtos alimentares.


"Encontramos jornalistas que, em resultado dos seus escritos e publicados nos órgãos de informação, são simplesmente abandonados pelas suas entidades patronais quando instados a responder em juízo, como se tais artigos tivessem sido publicados, em jornais do réu.


Estas atitudes violam a Lei de Imprensa, que preconiza solidariedade que deve existir entre o autor do artigo e a entidade empregadora", disse Eduardo Constantino.

Para resolver estes casos, o Sindicato dos Jornalistas (SNJ) tem um Conselho Deontológico que não cumpriu, cabalmente, as suas responsabilidades, reconheceu o secretário-geral do SNJ.


Eduardo Constantino lembrou que o secretariado executivo da organização se viu obrigado a responder em nome do Conselho Deontológico, devido à inoperância daquele órgão.

MMT.Lusa/Fim

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